sábado, 10 de outubro de 2009

...

Estou precisando de um sábado,
em que as pessoas voltem a ser elas mesmas.
Sou alguém que caminha sem rotina, sem motivo.
Sou alguém que precia de um dia de sol, praças, bancos, e pássaros vespertinos.

Sou eu que passo por você, enquanto você caminha pelas calçadas da tarde.
E eu não sei o porquê
Você não sabe a razão.
Eu não sei quem sou...
Tudo parece um sábado para mim.
Rios de sol pelo chão.
Xadrez nas praças dos anciãos...
Tudo parece familiar para mim.
Pessoas me olham
e eu acho isso tão intrigante.

São caminhadas que me deixam nostálgico.
Caminhadas que fiz.
E a nas quais você sentiu-me,
sem saber porquê.

Eu não sei quem sou.
Estou tão nostálgico.
Estou tão a mercê das coisas boas.
Dos besouros, das joaninhas e formigas
que desvio os pés, para que a canção não se acabe.
Para que a música não se torne segredo.
Para que eu possa continuar caminhando sem saber o motivo,
sem me conhecer, sem te conhecer, sem saber o porquê das nuvens,
Sem saber o porquê do amor que existe nessas calçadas inundadas de sol e folhas verdes
que ficaram marcadas em meu peito.

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